sexta-feira, 18 de setembro de 2009

[ ]

[silêncio]

Escrever…

É a melhor, é talvez a forma mais “simples” de me expressar, não tendo facilidade em nenhuma delas.

É o falar por enigmas sem o serem,

É elevar ao mais ínfimo lugar os seus significados,

É um livre voar por entre cada letra, é onde cada palavra se encontra e desconstrói podendo ser o tudo e o nada,

É o fazer sentido para aquilo que fazemos podendo não fazer sentido quando o fazemos,

É simplesmente ser sem pensar em mais nada, é liberdade, é fluir, é… é e volta a sê-lo quando alguém o lê quando alguém o sente, quando alguém o desmente, quando alguém o chora, quando alguém o despreza… a verdade é que o é e não deixa de ser, porque cada um é diferente do outro e só ai se ganham milhares e milhares formas de ser, podendo ainda sê-lo a duplicar ou triplicar contando com a multiplicidade de vezes que cada ser lhe der vida de novo, variando a sua idade, a sua caminhada, o seu estado de ser naquele preciso momento.

E se eu fosse capaz de dizer o mesmo à certa de tudo o que vejo, o que sinto, o que me alerta o olhar, os sentidos, a vida…

Se eu fosse capaz de fazer isto a cada pedra da calçada que piso,

A cada respirar,

A cada lágrima,

A cada tecla que pressiono,

A cada pessoa,

Cada vez que rodopio,

Cada vez que embalo numa melodia,

Cada vez que sorrio…

E se eu for mesmo capaz de o fazer?

[e o silêncio permaneceu]

terça-feira, 15 de setembro de 2009

faz-Me ter a certeza


uma flor num imenso relvado o tempo todo perto de mim
_uma presença_uma certeza_pormenores_simplicidade_...


São os pormenores que me fazem sorrir, que fazem cair aquela lágrima.


São momentos...

E é isto que me faz ter a certeza da existência de Deus
...
É tudo que dá em nada.
Mas é um nada que transforma tudo

29.jul.09 repuxo - Casa de Saúde de Barcelos