Saudade é uma palavra bem portuguesa que abala o coração e por vezes o despedaça em bocadinhos muito miudinhos…
“a palavra saudade é porventura o mais doce, expressivo e delicado termo da nossa língua”
“amor e ausência são os pais da Saudade”
Existem diversos tipos de saudade, e acho que a pior é aquela saudade que não da para matar, e que cresce sem parar até que forma uma grande bola que por mais que queiramos apagar, perdura sempre em nós, nem que seja num pensamento de lembrança minúscula.
Tenho tanta saudade…
Saudade de ser criança, sorrir de tudo e ser muito, muito curiosa;
Saudade de brincar;
Saudade de chorar e ser algo normal;
Saudade de fazer diabruras;
Saudade de cantar e não importar se é afinado ou não;
Saudade de um bom dia com alegria;
Saudade de ajudar;
Saudade de amar;
Saudade de um chá quente com torradinhas;
Saudade de noites sem dormir;
Saudade de sonhar;
Saudade do que nem pude ver;
Saudade de ti e de mim;
Saudade de todos e de nenhuns;
Saudade de aventura e silencio;
Saudade de companhia e solidão;
Saudade de saber o que quero e parecer não haver dúvidas;
Saudade de pensar que posso tudo;
Saudade de ter paciência, quase, sem limites;
Saudade de amar todos, vendo o seu mais belo interior;
Saudade de convivas e voluntariado;
Saudade dos amigos e daqueles conhecidos;
Saudade de acreditar nas estrelas cadentes;
Saudade do que não existiu;
Saudade…
Saudade de sentir uma esperança que não acaba NUNCA.
E no meio disto tudo, e algo mais, resta a esperança miudinha de não vir a ter saudade de ser feliz; de sorrir sem hora e local; de viver a vida; de conseguir acreditar, mesmo que muito me custe…
E tudo isto será saudade ou um inconsciente a assumir algo perdido?
Pois não sei, mas não se deixem abalar por imprevistos ou desencontros, eu sei, dói e dói, custa e mata um pouquinho…mas acreditem isso não quererá dizer que a batalha acaba, só quer dizer que agora o objectivo é ter mais objectivos e que é muito importante lutar com o triplo das forças…
Porque afinal o nosso objectivo é viver.
Ou não?