O que nos dizem os sinais, e o que deixam de dizer?
Ora bem, todos sabemos que o sinal vermelho não é bom, é para parar!
O amarelo é uma espécie de meio-termo, um… vai – não vai.
Quanto ao verde é livre! É sóoooooo avançar uhuh!
[pausa]
E se vos disser que nem sempre é tudo assim tão limpo, simples e directo?
[pausa]
Começamos o caminho e damos de caras com o verde, felizes, avançamos sem medo e arrasamos tudo, somos capazes, somos grandes…
e se está verde é porque podemos avançar =D
Nesta liberdade, de um verde, sem nos apercebermos pode aparecer um vermelho ou um amarelo, e o que é melhor?
Talvez responda:
“Oh, o amarelo é melhor, sempre tem os dois lados. Podes sempre continuar…”
Mas…
Já pensaram que o amarelo se pode tornar amargo e mais doloroso que um vermelho?
[pausa]
Pois quando é um vermelho, é STOP e pronto, paramos, acalmamos e por vezes repensamos toda a liberdade do verde. Assim podemos de seguida dar-lhe outro valor, vê-lo de outra maneira, vivê-lo de um modo diferente e único.
Então… em que ficamos?
Acho que em lado nenhum e ao mesmo tempo em todos os lados.
Cada um tem o seu encanto e cada um o seu desencanto, o que lhes dá todo o interesse e que ao mesmo tempo nos leva a ter de, em vez de olhar… ver e ver de novo, ir com calma e mesmo sem estar pronto estar disponível para receber tanto um vermelho como um amarelo, e depois quem sabe o verde voltará…
E ele terá em nós um outro impacto…
E aqui podemos nós decidir,
deixar fluir,
deixarmo-nos inundar…
deixar “à sorte” qual o nosso próximo sinal…
pode demorar, pode vir quando não esperamos, pode estar sempre a mudar…
pode…
[sussurrando]
Mas verdade ou não, que vamos cá estar para o receber?